domingo, 29 de março de 2015

:: TEMA DA SEMANA :: FOGO (20/02/2015)



1° LUGAR::FOGO SANTO (PROSA POÉTICA)

Uma fenda abriu-se no céu...
Olhando naquela direção
- Contemplação uma chama ardente.
Fogo... Labaredas lambiam tudo!
Um espetáculo da natureza quanta grandeza.
Um fenômeno? Fogos luminosos?
De repente, do meio da fenda uma voz bradou:
- JESUS está ali! Perguntei Onde? Onde? Pois não o vejo.
Outra vez a voz repetiu - JESUS está ali!
Foi então que entendi - percebi que o fogo,
O fogo era diferenciado, não queimava.
Seria uma sarça-ardente? Fogo purificador?
Jesus é uma brasa viva de poder! Como entender?
Um mistério... Ali, de pé, continuei... Lagrimas...
Muita emoção eu senti ao contemplar tanta beleza.
Um misto de alegria e admiração...
Por ter apreciado um momento tão descomunal...
No que estive a sonhar! Revelação?

Mary Jun
16/02/2015



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2° LUGAR:: FOGO 

Corre ligeiro
Assim como um menino
E incendeia o que puder alcançar
Corre oportuno
Já homem feito
Incandescente a inflamar
Corre serpentino
Fazendo do corpo braseiro
Onde a excitação se faz exalar
Corre atrevido
Deixando em seu toque molesto
Figurante faísca a incitar
Corre e segue seu curso
Combustão da pele em desejo
Que na alma se faz propagar
Corre
E seja o que for
Cólera, paixão ou ardor
No fluido que se espalha
Quando te chama em consentimento


Suzete Palitos
16/02/2015




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3° LUGAR::FOGO

Como nasce uma poesia...
Me perguntastes um dia!
- É como fogo de candeia.
Que dentro do peito se incendeia.
Fogo este com centelha,
Onde meus olhos se espelha.
Sai do meu coração,
Como labaredas de um vulcão!
Tu me olhas com desejo,
Parece que num lampejo.
Solta faíscas no olhar,
Só pra me provocar.
Absorvo cada olhar,
Parece que estou a mastigar.
Pipocas carameladas,
Nesta paião desenfreada.
Este fogo, que exalta a chama,
Quero amar-te então,
Antes que vire carvão!
Labaredas, deste imenso fogo,
Que brota como fosse um rogo.
Quero este teu amor, fátuo,
Antes de transformar-me em fogo-fátuo.

Zabele Rosa
17/02/2015













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4° LUGAR::ARDÊNCIA...

Era a magia dos deuses,
Pelos ancestrais, roubado.
Na pré-história, indomável.
Pelos hominídeos, adorado.
Na religião, a contradição.
Da ardência do amor cristão
à fogueira do infernal pagão.
Que pena, a restrição da visão!
Quando atinge filósofos e poetas
apresenta-se, muitas vezes, abstrato.
No vai e vem das ampulhetas do tempo.
Nas mentes e sentimentos, é retrato.
Serve a natureza com clareza.
Dos raios e dos vulcões é a beleza.
Que explode e presenteia com fineza
a humanidade com encanto e delicadeza.
É isqueiro, é faísca, é lampejo.
É amor, é razão, é paixão,
É combustível, é combustão, é desejo.
É beleza e tesão.
O fogo dos poetas, dos malditos, dos alquimistas.
O fogo da ciência, da natureza,do dia-a-dia. 
O fogo que é filosofia, melodia e poesia.


Tadeu Marcato
16/02/2015



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